terça-feira, 11 de junho de 2019

QUINTA ADVERTÊNCIA CONTRA A APOSTASIA Capítulo 12:16-27 O Perigo de Não Ouvir a Voz de Deus Vinda do Céu


QUINTA ADVERTÊNCIA CONTRA A APOSTASIA
Capítulo 12:16-27

O Perigo de Não Ouvir a Voz de Deus Vinda do Céu

Vs. 16-27 – O escritor faz uma digressão pela última vez para advertir novamente contra a apostasia. Desta vez, é em conexão com a recusa em ouvir a voz de Deus vinda do céu.
Ele falou do “manco”, agora ele se vira para falar do “profano”. Esta é uma classe diferente de pessoas. Como já mencionamos, um que é manco é um crente espiritualmente fraco cujo andar é prejudicado de alguma forma, enquanto uma pessoa profana é um crente meramente professo que finalmente acabará apostatando. Ele mostra aqui que um apóstata geralmente será conhecido por imoralidade e/ou profanação em sua vida. Menciona Esaú como exemplo de um profano. Não é dito que Esaú era um fornicador, mas diz que era uma pessoa profana. J. Flanigan disse: “Não é nem implícito nem provado aqui que Esaú era um fornicador” (What the Bible Teaches, Hebrews, pág. 265). W. Kelly disse: “Pode se apresentar de várias formas e aqui especificamos impureza carnal e profanidade, ambas intoleráveis onde Deus está e é conhecido. Do último mal (profanação) Esaú é o exemplo, que por uma refeição vendeu seu direito de primogenitura” (The Epistle to the Hebrews, págs. 245-246).
Profanidade é tratar coisas divinas e sagradas como se fossem comuns. Esaú provou sua profanidade trocando seu direito de primogenitura por uma refeição comum! (Gn 25:29-34) Estava disposto a trocar sua bênção em troca de um momento de gratificação! Isso nos mostra o que achava de seu direito de primogenitura. O escritor então diz: “Porque bem sabeis que, querendo ele ainda depois herdar a bênção, foi rejeitado, porque não achou lugar de arrependimento, ainda que, com lágrimas, o buscou. A palavra “depois” neste versículo refere-se a um tempo depois na vida de Esaú, quando seu pai Isaque era um homem velho e queria abençoar seus filhos antes de morrer. Como sabemos, seu irmão Jacó entrou e enganou seu pai e roubou-lhe a bênção (Gn 27). Quando Esaú percebeu o que havia sido feito, tentou, mas não conseguiu encontrar uma maneira de provocar “arrependimento” – isto é, uma mudança de ideia (que é o significado de arrependimento) no que seu pai havia pronunciado a respeito da bênção. Mesmo que Esaú “com lágrimas, o buscou”, não podia reverter o resultado; a bênção tinha sido invocada sobre seu irmão Jacó (Gn 27:38). Suas lágrimas eram por ter perdido a bênção; não eram porque era um homem arrependido em relação à sua vida pecaminosa. Ele chorou, não porque era um pecador, mas porque era um perdedor. W. Kelly disse: “Não foi arrependimento que Esaú buscou fervorosamente com lágrimas, mas a bênção que seu pai havia desejado erradamente conceder” (The Epistle to the Hebrews, pág. 246).
As implicações aqui são óbvias. Se os crentes meramente professos entre os hebreus cedessem à tentação de obter alívio momentâneo do sofrimento que estavam experimentando, voltando ao judaísmo, perderiam privilégios que jamais receberiam de volta – mesmo que fossem buscá-los com lágrimas! Isto, como o escritor ensinou várias vezes na epístola, é porque é impossível renovar ao arrependimento um apóstata que retorna nesse caminho. Se apostatassem, se tornariam perdedores como Esaú.

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