terça-feira, 11 de junho de 2019

O Santuário Terrestre e suas Ordenanças Carnais


O Santuário Terrestre e suas Ordenanças Carnais

Vs. 1-7 – O escritor diz: “ORA também o primeiro (concerto) tinha ordenanças de culto divino, e um santuário terrestre. Porque um tabernáculo estava preparado, o primeiro, em que havia o candeeiro, e a mesa, e os pães da proposição; ao que se chama o santuário [o Santo lugar – TB]. Mas depois do segundo véu estava o tabernáculo que se chama o Santo dos Santos, Que tinha o incensário de ouro, e a arca do concerto, coberta de ouro toda em redor: em que estava um vaso de ouro, que continha o maná, e a vara de Aarão, que tinha florescido, e as tábuas do concerto; E sobre a arca os querubins da glória, que faziam sombra no propiciatório; das quais coisas não falaremos agora particularmente. Ora, estando estas coisas assim preparadas, a todo o tempo entravam os sacerdotes no primeiro tabernáculo, cumprindo os serviços; Mas no segundo só o sumo sacerdote, uma vez no ano, não sem sangue, que oferecia por si mesmo e pelas culpas [pelos pecados de ignorância – ARA] do povo”. Os primeiros cinco versículos do capítulo 9 são uma breve visão geral do santuário terrestre. Em seguida, nos vs. 6-7, o escritor descreve os principais “serviços” realizados pelos sacerdotes nesse sistema – particularmente o que acontecia no Dia da Expiação.
O modelo a que se refere é o tabernáculo no deserto, não o templo que Salomão construiu na terra de Canaã. Isto é evidente pelo fato de que menciona “um vaso de ouro, que continha o maná, e a vara de Aarão, que tinha florescido” estando na arca, ao passo que quando a arca foi colocada no templo essas duas coisas foram removidas (2 Cr 5:10). Usar o modelo do tabernáculo no deserto para ensinar seu ponto está de acordo com o contexto da epístola, sendo que é um livro do deserto onde o Cristão é visto em uma peregrinação espiritual ao céu.
O escritor menciona dez coisas que marcaram esse sistema terrestre: três no “Santo Lugar” (ARA) (o Santuário) e sete no “Santo dos Santos” (a parte mais interna do tabernáculo onde estava a presença de Deus). Algo que se destaca é que o altar de incenso não é mencionado aqui, mas sim o “incensário de ouro”, que os sacerdotes usavam naquele altar! Além disso, fala do incensário como estando no Santo dos Santos! Isso é interessante e instrutivo. Isso mostra que ele entendeu que o local apropriado de adoração (que o altar de incenso e o incensário de ouro representam) é na presença imediata de Deus – algo desconhecido no judaísmo, mas o privilégio do crente no Cristianismo. Isso indica que não é intenção de Deus que Seus redimidos O adorem à distância, fora do véu (Hb 10:19). O pátio (átrio) do tabernáculo (Êx 27:9-21) não é mencionado aqui porque o assunto em Hebreus é a aproximação do crente a Deus no interior do santuário. O pátio tem a ver com o testemunho do crente perante o mundo exterior.
O escritor observa que os sacrifícios oferecidos naquele dia cobriam apenas “pecados de ignorância” – ARA (v. 7; Lv 4:2; Nm 15:22-29) – que as versões King James e Almeida da Imprensa Bíblica do Brasil traduzem como “erros” das pessoas. O sistema legal não oferecia remédio para uma pessoa que cometesse “alguma coisa atrevidamente [à mão levantada – ARC] (Nm 15:30-36 – ARA; Sl 19:13). Este fato é outra prova da fraqueza desse sistema. Na melhor das hipóteses, esses sacrifícios só podiam cobrir certos pecados – e esses eram apenas por um ano de cada vez, por meio dos rituais no Dia da Expiação e da “tolerância de Deus – TB (Rm 3:25). Esses sacrifícios não podiam “tirar” os pecados de diante de Deus (Hb 10:3-4), como fez o único sacrifício de Cristo (Hb 9:26; 10:12-17).

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