terça-feira, 11 de junho de 2019

O Purificador de Pecados


O PURIFICADOR DE PECADOS

Em sexto lugar, Cristo fez “por Si mesmo a purificação dos pecados” (v. 3 – AIBB). Isto é, Ele resolveu toda a questão do pecado pelo sacrifício de Si mesmo. Como resultado, Ele “aniquilou” o pecado diante de Deus judicialmente (cap. 9:26), e um dia será “tirado” da criação inteiramente (Jo 1:29). É desnecessário dizer que isso é algo que nenhum profeta ou sacerdote no sistema Mosaico jamais fez, ou jamais poderia fazer. Os sacrifícios do Velho Testamento no Dia da Expiação (Lv 16) significavam a transferência dos pecados do povo ano após ano (Êx 30:10; Lv 16:34; Hb 9:7, 25, 10:3). Eles não podiam tirar o pecado, nem purificar a consciência de um crente, como o faz o sacrifício perfeito de Cristo (caps. 9:14, 10:1-2). As versões King James e Almeida Corrigida dizem: Ele “purificou nossos pecados”, o que não é uma tradução correta. Isso restringe a extensão de Sua obra de purificação aos pecados dos crentes, uma vez que a obra aqui é geral, tocando todos os aspectos da presença do pecado na criação (cap. 2:9).
É-nos dito que Cristo fez isso “por Si mesmo”. J. N. Darby disse: “O verbo grego aqui tem uma forma peculiar, que lhe dá um sentido reflexivo, fazendo com que a coisa feita retorne ao feitor, jogando de volta a glória da coisa feita sobre aqu’Ele que a fez” (Synopsis of the Books of the Bible, on Hebrews 1:3 – nota de rodapé). Assim, a obra consumada de Cristo na cruz foi feita por Ele mesmo e para Ele mesmo, mas a ênfase no versículo não é tanto sobre o que Ele fez – por maior que isso possa ser – mas QUEM fez. Observando isso, o Sr. Darby disse: “A purificação de nossos pecados é falada de passagem, e então nós ouvimos de Sua glória nas alturas” (Collected Writings, vol. 27, pág. 388).

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