terça-feira, 11 de junho de 2019

A Grande Lição que o Modelo do Tabernáculo Ensina


A Grande Lição que o Modelo do Tabernáculo Ensina

Vs. 8-9 – No versículo 5, ele diz que não era “oportuno agora falar individualmente” (TB) dessas coisas (quanto ao seu significado típico), porque seu propósito em mencionar o modelo do tabernáculo era mostrar que ele ensina a grande lição de que o acesso à presença de Deus tinha sido fechado por causa do pecado. “O Espírito Santo” estava dando a entender “que ainda o caminho do santuário não estava descoberto enquanto se conservava em pé o primeiro tabernáculo”. Já que as coisas no tabernáculo são “representações figurativas das coisas nos céus” (v. 23 – JND), o Espírito está ensinando que não há acesso para o homem à presença de Deus por causa da barreira que o pecado criou. A presença do “véu” (Êx 26:31-35), que o escritor chama de “segundo véu” (v. 3), restringindo a entrada no Santo dos Santos, indicou isso. Os sacerdotes aarônicos podiam entrar no Santo Lugar e ministrar, mas não tinham acesso ao Santo dos Santos – exceto o Sumo Sacerdote uma vez por ano, com sangue de uma vítima. Isso claramente ensina que o homem não pode ir diretamente a Deus; deve se aproximar d’Ele por meio de um mediador e esse por meio do sangue de um sacrifício.
Assim, a mensagem que o Espírito Santo está comunicando no tabernáculo é que o acesso à presença imediata de Deus não havia sido aberto enquanto o tabernáculo estava “ainda em pé” e reconhecido por Deus. Esta foi uma prova clara da insuficiência dos sacrifícios desse sistema legal. Não podiam “tornar perfeito o adorador” (TB) no sentido de purificar sua consciência da culpa (v. 9), nem abrir o caminho para a presença de Deus. (A maioria das versões em português traduzem que não poderia tornar perfeito “aquele que faz o serviço”, que se referia ao sacerdote, mas deveria ser “aquele que adorava” JND, que é o ofertante). Aqueles sacrifícios foram instituídos por Deus, e não foram uma tentativa de aperfeiçoar o crente, mas sim, apontar para os “bens futuros” que viriam por Cristo, que aperfeiçoaria o crente (v. 11).
Enquanto o tabernáculo estivesse em pé e fosse reconhecido por Deus, não poderia haver acesso direto à Sua presença. Tal ato requeria um sacrifício maior que pudesse, de uma vez por todas, aniquilar o pecado (vs. 11-12, 26). Até que o pecado tivesse sido tratado com um sacrifício que satisfizesse as reivindicações da justiça divina, sempre haveria uma distância entre Deus e o homem. Portanto, aproximar-se de Deus para adoração, até aquele momento, teria que ser por meio de um sistema de rituais e ordenanças que só mantinha o homem a uma distância de Deus. H. Smith disse: “Sob tal sistema, Deus ficava do lado de dentro e o homem ficava do lado de fora. O sistema judaico não podia abrir o céu para nós, nem podia nos tornar aptos para o céu” (The Epistle to the Hebrews, pág. 48).
O tabernáculo com o véu rasgado é “uma alegoria [figura – JND] para o tempo presente” quando o caminho para o Santo dos Santos foi aberto (Hb 10:19-22). Cristãos em geral e historicamente não entenderam que o velho sistema do tabernáculo do Velho Testamento é uma figura do verdadeiro santuário no qual os Cristãos agora adoram pelo Espírito. Em vez de vê-lo como uma figura, usaram o tabernáculo como um modelo para suas igrejas e emprestaram muitas coisas em um sentido literal daquela ordem judaica para seus locais de adoração e seus serviços religiosos. Ao fazer isso, perderam completamente o ponto de que Deus não quer uma mistura dessas duas ordens drasticamente diferentes e contrastantes (Hb 13:10).
V. 10 – O escritor afirma claramente que os rituais exteriores do judaísmo (“manjares, e bebidas, e várias abluções [lavagens – JND] e justificações [ordenanças – TB] da carne”) eram coisas provisórias, dadas a Israel até o tempo de acertar [retificar] as coisas” (Tradução de W. Kelly). Não foram destinadas a serem usadas indefinidamente na maneira em que foram dadas a eles. “O tempo de acertar as coisas” não se refere apenas ao Cristianismo agora, mas também ao tempo em que o novo concerto será feito com Israel. J. N. Darby disse: “Certas coisas lhes foram impostas até o tempo da correção. Cristo veio como ‘o Sumo Sacerdote dos bens futuros’. A que isso se refere? Alguns podem achar uma dificuldade em saber se ‘futuros’ se refere ao que era futuro para os judeus, enquanto aquele tabernáculo estava em pé, ou para o que é agora futuro. Eu acredito em ambos. Tudo era novo em Cristo. Era para vir em uma nova fundação. A base é colocada para a total e perfeita reconciliação do homem com Deus” (Collected Writings, vol. 27, pág. 385).

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