terça-feira, 11 de junho de 2019

Palavra de Deus – Um Fundamento Seguro em que a Fé Pode Descansar


Palavra de Deus – Um Fundamento Seguro em que a Fé Pode Descansar

Vs. 13-15 – Visto que a fé precisa de um sólido fundamento de autoridade para sobre ele repousar, o escritor apresenta diante deles a coisa mais segura no universo – a Palavra infalível de Deus. Deus sempre mantém a Sua Palavra (1 Rs 8:56; 2 Tm 2:13); a fé pode descansar nela e não se decepcionar. O escritor aponta para a “promessa” e o “juramento” que Deus fez a Abraão como um exemplo de quão seguramente Ele mantém a Sua Palavra. Mesmo nas circunstâncias quase impossíveis em que Abraão e sua esposa se encontravam– estando muito além da idade de ter filhos – Deus guardou a Sua Palavra realizando um milagre e eles tiveram um filho, como foi prometido. Isso mostra que Deus manterá Sua Palavra, não importa o que aconteça – mesmo que isso signifique que Ele tenha que realizar um milagre para fazer isso!
Depois de receber um filho e ser testado ao ser-lhe pedido para colocá-lo sobre o altar, Deus fez um juramento de que Ele também daria a Abraão uma posteridade por meio de seu filho – Isaque. A “promessa” de ter um filho foi feita em Gênesis 12:1-3 e confirmada em Gênesis 13:14-16, 15:1-6 e 17:15-22, mas a prestação do “juramento” foi feita em Gênesis 22:16 – “Por Mim mesmo, jurei, diz o Senhor”. O escritor afirma que ao fazer o juramento, uma vez que Deus “não tinha outro maior por quem jurasse, jurou por Si mesmo”. Ele cita Gênesis 22:17, dando a essência do juramento: “Certamente, abençoando, te abençoarei e, multiplicando, te multiplicarei.” Assim, a promessa estava em conexão com Abraão ter um filho e o juramento estava em conexão com Abraão ter uma posteridade por meio de seu filho.
Tendo recebido a promessa, Abraão “esperando com paciência” por muitos anos, finalmente “alcançou a promessa” e recebeu um filho por meio de Sara – exatamente como Deus havia dito. (Hebreus 11:13 não é uma contradição disto. Ele diz: “Todos estes [incluindo Abraão] morreram na fé, sem terem recebido as promessas”. A diferença é que essas promessas estavam em conexão com a herança, ao passo que essa promessa tinha a ver com Abraão tendo um filho e uma posteridade por meio dele). A aplicação aqui é óbvia. Os santos hebreus precisavam ter o mesmo tipo de fé e paciência que Abraão tinha, e continuar no caminho indicado pela revelação Cristã da verdade – mesmo que pareça tolo para aqueles que não têm fé. Abraão           teve que suportar o mesmo.
Vs. 16-17 – Quanto ao juramento, nos assuntos humanos, os homens juram por quem é maior do que eles. Eles “juram” e, assim, fazem um “juramento” e isso encerra “toda contenda”. Assim, “querendo Deus mostrar mais abundantemente a imutabilidade do Seu conselho aos herdeiros da promessa, Se interpôs com juramento”. Na realidade, se Deus deu a Sua Palavra, ninguém precisa de mais nada, porque “é impossível que Deus minta”. Dar Sua Palavra é suficiente; não precisa ser reforçado com um juramento. Mas, ao condescender com a fraqueza humana, Deus acrescentou um juramento a Abraão e ao herdeiro para assegurar-lhes o que Ele havia prometido. Assim, Abraão teve uma dupla garantia.
Vs. 18-20 – O escritor então mostra que essas mesmas duas coisas (a promessa e o juramento) podem ser aplicadas a todos os que são filhos de Abraão por fé. Já que os “herdeiros da promessa” não são apenas Isaque, Jacó, etc., mas todos os que por fé são filhos do fiel Abraão (Gl 3:7-8, 29), também podemos repousar nessas mesmas “duas coisas imutáveis” em conexão com nossa esperança em Cristo.
Ele encerra essa longa digressão afirmando que Deus deu um passo adiante, dando uma garantia pessoal para o cumprimento das promessas pelo fato de que o próprio Cristo entrou no santuário no alto. Na administração levítica, o sumo sacerdote entrava no santo dos santos apenas como representante. Ele entrava lá sozinho, e ninguém poderia segui-lo. Mas Cristo entrou lá como garantia e, como resultado, toda uma raça de homens agora pode segui-Lo até lá. J. N. Darby disse: “Esta certeza recebeu uma confirmação ainda maior. Ela entrou para dentro do véu, encontrou sua sanção no próprio santuário, onde o Precursor tinha entrado, dando não somente uma palavra, um juramento, mas também uma garantia pessoal das promessas e o santuário de Deus como um refúgio para o coração; dando assim, para aqueles que tinham entendimento espiritual, um caráter celestial para a esperança que eles estimavam; enquanto mostrava, pelo caráter daqu’Ele que havia entrado no céu, o certo cumprimento de todas as promessas do Velho Testamento, em conexão com um Mediador celestial que, por Sua posição, assegurou esse cumprimento; estabelecendo a bênção terrena sobre o firme fundamento do próprio céu e dando ao mesmo tempo um caráter superior e mais excelente àquela bênção, unindo-a ao céu e fazendo-a fluir daí” (Synopsis of the Books of the Bible, em Hebreus 6).

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