terça-feira, 11 de junho de 2019

Cinco Grandes Privilégios Externos Conectados com o Cristianismo


Cinco Grandes Privilégios Externos Conectados com o Cristianismo

Vs. 4-6 – Isso leva o escritor a falar mais especificamente sobre o perigo da apostasia. Ele menciona cinco privilégios externos que o Cristianismo trouxe ao mundo. Ele diz: “Porque é impossível que os que uma vez foram iluminados, e provaram o dom celestial, e se fizeram participantes do Espírito Santo, e provaram a boa Palavra de Deus, e os poderes do mundo vindouro, e depois caíram, sejam outra vez renovados para arrependimento; visto que, quanto a eles, estão crucificando de novo o Filho de Deus, e o expondo ao vitupério” (AIBB). À primeira vista, pode parecer que ele está se referindo aos privilégios que pertencem àqueles que receberam a Cristo como seu Salvador, mas na verdade, uma pessoa pode participar de todas essas cinco coisas sem ser salva! Identificando-se externamente com a companhia Cristã, uma pessoa sem vida divina (um crente meramente professo) pode participar e experimentar essas coisas. O ponto que o escritor está trazendo aqui é que ser identificado com o testemunho Cristão é de grande vantagem, mas também o torna muito responsável. Ele fala de certos privilégios externos que tal pessoa tem:

1) Foram “iluminados”

Uma pessoa se torna iluminada por ouvir a verdade apresentada no evangelho; isso o torna informado. Isso não significa que tenha crido no evangelho e tenha recebido a Cristo como seu Salvador. A iluminação não é um novo nascimento e nem salvação. No entanto, ser iluminado faz com que alguém seja muito responsável, pois Deus tem uma pessoa responsável pelo grau de luz que lhe foi dado e será julgada de acordo com isso (Lc 12:47-48).

2) “Provaram o dom celestial”

Isto se refere à revelação Cristã da verdade – a “fé que uma vez foi dada aos santos” (Jd 3). É esse “bom depósito” da verdade que devemos manter (2 Tm 1:14; Ap 3:11). Uma pessoa poderia entrar em reuniões Cristãs, onde essas verdades celestiais são expostas e provar dessas coisas de uma forma exterior, ouvindo sobre elas. (Nota: “provaram” implica que saborearam algo sem necessariamente ingerir).

3) Se fizeram “participantes do Espírito Santo”

Ele não diz que a pessoa é habitada pelo Espírito, mas sim “participante” do Espírito. O Espírito não apenas reside nos crentes no Senhor Jesus Cristo, mas também habita entre os crentes na casa de Deus (Jo 14:17; At 2:1-4). Um incrédulo, ou um crente meramente professo, pode estar entre os Cristãos onde o Espírito de Deus está operando e de uma maneira externa, participar das coisas que estão acontecendo entre eles. Desta forma, é participante do Espírito sem ser salvo e selado com o Espírito. Nota: a palavra no texto grego traduzido como “participantes” aqui é meteko, que indica um compartilhamento em algo sem especificar em que grau o compartilhamento ocorre. O escritor não usa koinoneo – a palavra usual para participar que indica um compartilhamento comum completo em uma coisa. Assim, a participação neste versículo refere-se a um compartilhamento superficial ou parcial. (Compare o uso dessas duas palavras gregas no capítulo 2:14 “E, visto como os filhos participam [koinoneo] da carne e do sangue, também Ele participou [meteko] das mesmas coisas”).

4) “Provaram da boa Palavra de Deus”

Isto se refere a ouvir as Escrituras expostas nas reuniões sem especificar se a verdade que foi ensinada tenha sido realmente recebida em fé. Mais uma vez, provar indica uma coisa superficial. Uma pessoa pode ouvir e entender a verdade da Palavra de Deus, sem receber e crer nela.

5) Provaram “os poderes do mundo vindouro”

Isto se refere aos milagres que foram feitos no círculo Cristão que uma pessoa podia ver, e até experimentar. É bem possível que um mero professante tenha sido curado por esses poderes miraculosos, enquanto estava entre os Cristãos.

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