terça-feira, 11 de junho de 2019

Encorajamento para Prosseguir no Caminho de Fé


Encorajamento para Prosseguir no Caminho de Fé

Vs. 12-15 – Com Cristo diante de nossas almas (vs. 1-4) e Deus trabalhando para o nosso bem nos bastidores de tudo o que ocorre em nossas vidas (vs. 5-11), o escritor continua a dar alguns simples incentivos para acompanhar as observações anteriores. Ele diz: “Portanto, levantai as mãos cansadas e os joelhos vacilantes” (AIBB). As mãos cansadas e os joelhos vacilantes são uma descrição de alguém desencorajado. Este era evidentemente o estado de alguns dos santos hebreus naquele tempo. Seu remédio é simples; levante as mãos que estão cansadas. Levantando “mãos” (figurativamente falando) tem a ver com a oração (1 Tm 2:8). “Joelhos” também estão associados com a oração (At 9:40, 20:36, 21:5; Ef 3:14). Por isso, ele os encoraja a orar. Tiago fala da mesma forma: “Está alguém entre vós aflito? Ore” (Tg 5:13). Entrar na presença de Deus dessa maneira revitaliza nosso poder espiritual e nos ajuda a vencer o desencorajamento. Em Sua presença, recarregamos nossas baterias espirituais e obtemos energia renovada para continuar no caminho.
V. 13 – Então ele diz: “e fazei veredas direitas para os vossos pés, para que o que manqueja se não desvie inteiramente; antes, seja sarado”. Isso mostra que, em momentos de desencorajamento, precisamos ter um cuidado especial com o que fazemos e para onde vamos, porque, se nossos pés vagarem, mesmo que seja um pouquinho, nosso mau exemplo pode levar outros a tropeçar. Assim, precisamos manter nossos pés no caminho mais agora do que nunca. Não podemos fazer “veredas direitas” para os pés de outras pessoas, mas podemos cuidar aonde nossos pés vão e, assim, ter cuidado para não desencorajar os outros. Evidentemente, havia alguns entre esses crentes hebreus que estavam claramente tendo dificuldades em sua caminhada, a quem denomina de coxo (“o que manqueja”, figurativamente falando). Estes eram especialmente vulneráveis. Seu desejo por eles era que não saíssem do caminho, mas, em vez disso, fossem sarados. Se os mais fortes andassem em um caminho reto, após o Senhor Jesus, seriam um encorajamento para os mais fracos, e talvez pudessem conduzi-los à cura.
V. 14 – Deveriam seguir “a paz com todos e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor” (v. 14). Isso, novamente, é santificação prática. O contexto do capítulo 12 indica que, na maneira como fala disso aqui, ver o Senhor é com os olhos da fé, como mencionado no versículo 2. (Veja também o capítulo 2:9). Portanto, se não tivermos o cuidado de seguir santidade prática em nossas vidas, perderemos a visão de Cristo no alto e certamente nos desviaremos em nossas almas. A santificação prática é uma das três coisas indispensáveis mencionadas na epístola. Elas são: 
  • Sem “sangue” não há remissão de pecados (cap. 9:22).
  • Sem “fé” é impossível agradar a Deus (cap. 11:6).
  • Sem “santificação” nenhum homem verá o Senhor (cap. 12:14). 

Nota: “paz” e “santidade” são encontradas juntas no versículo 12. Se estiverem separadas, será uma paz falsa, porque não podemos (corretamente) ter paz à custa da santidade.
V. 15 – Ele acrescenta: “tendo cuidado de que ninguém se prive da graça de Deus, e de que nenhuma raiz de amargura, brotando, vos perturbe, e por ela muitos se contaminem”. Isso mostra que se perdermos o gozo das coisas que a graça de Deus nos trouxe, e entrarmos em mau estado de alma, provavelmente iremos causar problemas, espalhando nossa infelicidade entre nossos irmãos. Uma “raiz de amargura” é alguma queixa ou insatisfação que cresce subterraneamente (por assim dizer) na alma de uma pessoa. Mas depois de algum tempo, vem à tona e afeta os outros. Uma pessoa que é amarga desta maneira geralmente irá procurar por aqueles que são de um espírito semelhante, e derramará suas queixas sobre eles. O resultado é que “muitos” são contaminados. Judas Iscariotes é um exemplo disso. Sua queixa de Maria ungir o Senhor com meio quilo de nardo (por achar que era um desperdício) foi uma raiz de amargura que afetou os outros apóstolos, que se deixaram levar por isso, criticando-a também (Jo 12:3-8). Assim sendo, o escritor aconselha os crentes hebreus a observarem diligentemente contra tal coisa brotando no meio deles e tomando cuidado para não se deixarem influenciar por ela.



Nenhum comentário:

Postar um comentário