terça-feira, 11 de junho de 2019

Prosseguir para a Perfeição


Prosseguir para a Perfeição

Cap. 6:1-3 – Tendo abordado o perigo da recaída espiritual, o escritor exorta os hebreus a “prosseguirem até à perfeição”. A palavra traduzida como “perfeição” aqui no texto grego tem a mesma raiz da palavra usada no capítulo 5:14 para “adultos [homens maduros – JND]. Assim, exortando-os a prosseguir para a perfeição, ele estava se referindo a eles se estabelecendo no “mantimento sólido” da revelação Cristã da verdade. Isso, como dissemos, é encontrado nas epístolas – particularmente nas de Paulo.
Ao mesmo tempo, ele os desencoraja de voltar à posição do Velho Testamento no judaísmo, de onde vieram. Havia a necessidade de “prosseguirem” deixando os princípios do reino que o Senhor ensinou em Seu ministério terreno – “os rudimentos da doutrina de Cristo” – para a “maturidade” do Cristianismo. Esses crentes hebreus estavam, por assim dizer, em uma ponte que se estendia do judaísmo ao Cristianismo. Eles precisavam sair da ponte, não voltando ao sistema de judaísmo do Velho Testamento, mas avançando para a revelação completa do Cristianismo. Se ficassem onde estavam na ponte, em algum lugar entre o judaísmo e o Cristianismo, isso impediria seu crescimento espiritual e eles permaneceriam bebês. O grande perigo da imaturidade espiritual é que uma pessoa nesse estado é capaz de entender mal algum ponto da verdade e assumir que seja um erro, e rejeitar esse ponto. Isso mostra que há ramificações negativas ao permanecer superficial na verdade. É aceitável ser um bebê em coisas espirituais se for um novo convertido, mas não é a vontade de Deus que permaneçamos nesse estado (Ef 4:14).
Ao dizer “deixando os rudimentos da doutrina de Cristo”, ele não quis dizer que eles deveriam abandonar os ensinamentos do ministério terreno de Cristo, nem queria dizer que devíamos abandonar as verdades elementares do Cristianismo para abraçar “as profundezas de Deus”. (1 Co 2:10). Deus nunca nos encorajaria a abrir mão dos ensinamentos de Cristo, nem nos encorajaria a abandonar os fundamentos do Cristianismo. O pensamento de “deixando” aqui é o de prosseguir, a partir da verdade que receberam no ministério de Cristo.

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