terça-feira, 11 de junho de 2019

O Novo Concerto


O Novo Concerto

V. 6 – Assim, o Senhor é um Sumo Sacerdote com um “ministério tanto mais excelente” do que aquele que os sacerdotes aarônicos tinham. Sua posição como Sumo Sacerdote no santuário celestial é tal que também Se tornou “o Mediador de um melhor pacto (concerto) o qual está firmado sobre melhores promessas” (Hb 8:6 – AIBB; 9:15; 12:24). Como Moisés foi o mediador do velho concerto (Gl 3:19), também Cristo é o Mediador do novo concerto (Jr 31:31-34). (A função de um mediador é reconciliar, a de um advogado é restaurar, e a de um sacerdote é manter. Cristo é visto no Novo Testamento em todos os três papéis – 1 Tm 2:5; 1 Jo 2:1; Hb 4:14-15).
O novo concerto é “melhor” porque está estabelecido em “melhores promessas”. Ao fazer o velho concerto, o povo fez as promessas ao dizerem: “Tudo o que o Senhor tem falado faremos” (Êx 19:8, 24:3). Mas, ao estabelecer o novo concerto, o Senhor fez as promessas – e isso colocou as condições desse novo concerto em um patamar totalmente diferente, pois Ele nunca falha em guardar Sua Palavra. Assim, o primeiro concerto é caracterizado pelo povo prometendo: “(nós) faremos . Por outro lado, o novo concerto é caracterizado pelo Senhor prometendo: “(Eu) vou ...
As bênçãos sob o velho concerto eram condicionais. Herdá-las dependia de as pessoas fazerem sua parte (Lc 10:28). A frase característica relacionada a ela é: “(tu) farás...” (Êx 20). Mas este foi o ponto fraco do primeiro concerto; uma vez que as bênçãos que prometia dependiam do desempenho humano, a coisa toda desmoronou devido ao fato de o povo não ter feito a sua parte. Quão diferentes são as coisas em conexão com o novo concerto! A frase característica do novo concerto é o dizer do Senhor: “Eu vou ... Ela contém promessas incondicionais que serão realizadas pelo próprio Senhor. Essas bênçãos, portanto, são firmes e seguras. Consequentemente, a grande diferença entre os concertos é: o velho concerto expõe o que o homem precisa fazer, enquanto o novo concerto diz o que Deus irá fazer.
Vs. 7-8 – Quanto ao sacerdócio aarônico, se fosse perfeito, não haveria necessidade de trazer outro sacerdócio (cap. 7:11). Ele diz: “Se aquele primeiro fora sem defeito, nunca se teria buscado lugar para o segundo”. Seu ponto aqui é que pelo fato de que precisava haver um “segundo” concerto prova que o “primeiro” não continuaria. Sua lógica é simples e clara: o anúncio de que o Senhor iria fazer um novo concerto significa que o primeiro concerto não continuaria. Se o velho tivesse sido perfeito, Deus não teria prometido trazer um novo. (É importante entender que o novo concerto não é trazido à discussão para ensinar que foi feito com Cristãos, o que é um erro comum, mas para provar que o primeiro concerto se tornaria obsoleto).
Nota: ele não diz que o primeiro concerto era falho; ele diz: “Por achar falta neles (KJV). A falta era dos israelitas que estavam sob aquele primeiro concerto; não conseguiram manter as condições do concerto. A lei “se achava fraca pela carne” (Rm 8:3 – TB). Novamente, isso não significa que houvesse algo errado com a Lei, mas que não poderia produzir nada de bom na carne porque esse material era totalmente ruim. Portanto, não há nada de errado com a lei; ela é “santa, e o mandamento é santo, justo e bom” (Rm 7:12); o problema é com a carne.

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