terça-feira, 11 de junho de 2019

2) CRISTO VEIO ANULAR O PODER DO DIABO SOBRE A MORTE


2) CRISTO VEIO ANULAR O PODER DO DIABO SOBRE A MORTE

Vs. 14-15 – O escritor segue em frente para dar uma segunda razão pela qual Cristo Se tornou Homem e morreu – foi para anular o poder do diabo sobre a morte. Ele diz: “Portanto desde que os filhos têm carne e sangue comum, também Ele semelhantemente participou destas coisas, para pela morte destruir [anular – JND] aquele que tinha o poder da morte, isto é, ao diabo” (TB).
Antes da morte e ressurreição de Cristo, Satanás empunhava “o poder da morte” sobre os homens, fazendo-os temer o que estava além da morte. Ele usou o medo da morte (“o rei dos terrores” – Jó 18:14) a seu favor e manteve os homens em servidão e medo. O poder da morte que Satanás tem não significa que ele tenha o poder de tirar a vida de uma pessoa. Ele não pode matar quem ele quiser; só Deus mantém o poder da vida e da morte em Suas mãos (Dn 5:23; Jó 2:6). Ninguém morre sem que Ele permita. O poder da morte que Satanás usou nos homens é o temido poder da morte – seu elemento de medo.
A boa notícia é que Cristo não somente levou os nossos pecados em Seu próprio corpo no madeiro, como nosso Emissário do pecado (1 Pe 2:24), mas Ele também foi à morte e despojou o diabo de seu poder para aterrorizar o filho de Deus com a morte. Ele agora está vitorioso do outro lado da morte declarando: “Eu Sou o que vivo; fui morto, mas eis aqui estou vivo para todo o sempre! E tenho as chaves da morte e do inferno [hades – TB] (Ap 1:18 – AIBB). Assim, Cristo venceu a morte soltando suas “ânsias” ou elemento de medo (At 2:24) para o crente iluminado que enfrenta a morte. Ele desceu ao “pó da morte” para conquistá-la (Sl 22:15) e deixou apenas “a sombra da morte” para o filho de Deus passar (Sl 23:4). Podemos ser chamados a passar pela cena da morte, mas seu “aguilhão” foi retirado; podemos enfrentar a morte sem medo (1 Co 15:55).
A versão King James diz que o Senhor morreu para “destruir” o diabo, mas deveria ser traduzido como “anular” (JND). (Veja também 2 Tm 1:10 – JND). O diabo claramente não foi destruído; ele ainda está fazendo sua má obra hoje de enganar os homens, etc. Sua destruição não ocorrerá até que o Milênio tenha terminado seu curso, quando ele for lançado no lago de fogo (Ap 20:10). O que este versículo 14 está nos dizendo é que o poder do diabo para aterrorizar os crentes foi anulado ou cancelado. Satanás, normalmente, não perturba os incrédulos à medida que estes seguem seu caminho de vida para uma eternidade perdida. Vendidos sob o seu engano, muitos olham para a morte sem alarme, embora imediatamente após passarem por ela, haja um tormento absoluto para eles (Lc 16:22-23). O salmista observa isso, afirmando: “não há apertos na sua morte” (Sl 73:4). Da mesma forma, o Senhor ensinou que Satanás (“o valente [homem forte – JND]) faz tudo o que pode para manter “seus bens” (TB) (pessoas perdidas) “em paz” (Lc 11:21 – JND).
Nota: pelo fato de Cristo Se tornar um homem para ganhar esta vitória sobre Satanás, existem duas palavras diferentes usadas no versículo 14, que são usadas para resguardar Sua Humanidade sem pecado. Quando fala dos “filhos”, diz que eles são “participantes” de carne e sangue. A palavra no grego traduzido por “participantes” (koinoneo) significa um compartilhamento comum e igual em alguma coisa. Neste caso, o compartilhamento deles na humanidade. Isso é verdade para todos os homens; todos eles participam plenamente da humanidade – descendo até a natureza pecaminosa. No entanto, quando fala de Cristo Se tornar um Homem, o Espírito de Deus leva o escritor a usar uma palavra diferente ao dizer que Ele “tomou parte” (JND) (meteko) no mesmo. Esta palavra no grego indica um compartilhamento em algo sem especificar o grau que o compartilhamento alcança. Portanto, enquanto Cristo Se tornou um homem plenamente (em espírito, alma e corpo), Sua participação na Humanidade não foi tão longe a ponto de tomar parte do estado caído do homem, porque Ele não tinha uma natureza caída pecaminosa.
V. 15 – Ele continua e diz: “e livrasse todos os que, com medo da morte, estavam por toda a vida sujeitos à servidão”. Todos aqueles que experimentaram essa libertação não poderiam ser os santos do Velho Testamento, como muitos supõem. Eles viveram centenas, até mesmo milhares de anos antes de Cristo conquistar essa vitória ao morrer e ressuscitar dos mortos. Eles viveram com medo da morte e morreram nesse estado de escravidão, e nunca tiveram livramento disso enquanto vivos. É claro que, uma vez que passaram pela cena da morte, imediatamente ficaram em “paz” e em estado de felicidade (Is 57:1-2). Todos esses estão se regozijando com o Senhor agora em seu estado desencarnado. Mas aqueles de quem o escritor fala foram libertados deste medo pela morte e ressurreição de Cristo. Eles teriam que estar vivos na Terra no momento em que Ele ressuscitou dos mortos. Este teria que ser o remanescente crente dos discípulos, a primeira geração de crentes na Igreja. Eles eram judeus crentes no terreno do Velho Testamento quanto ao seu entendimento e, portanto, viviam com “medo da morte”. No entanto, aprenderam, por meio do evangelho, da vitória de Cristo sobre o poder de Satanás na morte (2 Tm 1:10) e, assim, foram libertados desses temores. Quando eles foram mais tarde chamados a passar pela morte como Cristãos, eles podiam enfrentá-la sem medo. De fato, todos que creem em Cristo depois de Sua morte e ressurreição, e que foram iluminados pelo evangelho quanto a essas coisas, têm essa mesma confiança.
Novamente, isso mostra que a morte de Cristo é uma coisa triunfante, não uma derrota. E é algo que nenhum anjo poderia fazer.

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