domingo, 26 de maio de 2019

O Custo de Deixar o Judaísmo


O Custo de Deixar o Judaísmo


Tal passo, no entanto, foi (e ainda é) uma coisa dispendiosa para os Cristãos judeus. Quando alguém deixava a fé de seus antepassados pelo Senhor Jesus, era considerado um apóstata (“apostataram de Moisés” At 21:21 – ARA). Era “excomungado” da congregação (Jo 9:34 – KJV, nota de rodapé) e, posteriormente, perseguido por seus compatriotas (Hb 10:33-34). Muitas vezes sua família faria um funeral simulado dele e o deserdaria! Em alguns casos, deixar o judaísmo levaria ao martírio (At 22:4).

Todo esforço concebível seria feito para convencer aquele que havia se afastado do judaísmo ao Cristianismo para renunciar a Cristo e retornar ao judaísmo. Argumentos fortes seriam usados para persuadir a pessoa de seu, assim chamado, “erro”. Os judeus orgulhosamente apontariam para a herança que tinham no judaísmo. Eles tinham os escritos de seus profetas (as Escrituras), o ministério de anjos, grandes líderes como Moisés e Josué, uma herança na terra de Canaã de onde fluía leite e mel, o sacerdócio aarônico, o santuário sagrado onde o próprio Deus morava, o concerto da Lei que moralmente era santa, justa e boa, e o serviço venerado de Deus realizado por uma elaborada variedade de rituais, sacrifícios e ofertas. Os judeus incrédulos perguntavam ao desertor: “Por que você iria querer deixar uma herança tão rica por uma nova religião que não tem nada a mostrar, senão uma mesa com pão e vinho num cenáculo?” Para o judeu que se apegava firmemente ao judaísmo, isso não fazia sentido.

Os judeus incrédulos perguntariam: “O que o Cristianismo tem em comparação com tudo isso que temos no judaísmo?” Esta epístola oferece ao crente judeu uma resposta definitiva a essa provocação. O escritor, por inspiração divina, prossegue mostrando uma coisa venerável após a outra que distingue a religião dos judeus, e a compara com o que temos no Cristianismo, e em todos os casos, mostra que os Cristãos têm algo muito superior em Cristo. Ele apresenta:
  •  A superioridade do Filho aos profetas (cap. 1:1-3).
  •  A superioridade do Filho aos anjos (caps. 1:4–2:18).
  •  A superioridade do Filho a Moisés, o mediador (cap. 3:1-19).
  •  A superioridade do Filho a Josué, o comandante militar (cap. 4:1-16).
  •  A superioridade do sacerdócio de Cristo ao sacerdócio de Aarão (caps. 5-7).
  •  A superioridade do Novo Concerto ao Velho Concerto (cap. 8:1-13).
  •  A superioridade do único sacrifício de Cristo aos sacrifícios no grande dia da expiação (caps. 9–10:18).
  • A superioridade do acesso à presença de Deus pelo sangue de Cristo (caps. 8:1-6, 9:8, 10:19-22).  

O grande ponto apresentado na epístola é que Cristo é superior a todas as formas e rituais do judaísmo. Como o leitor notará, as palavras características ao longo do livro são “excelente, maior, melhor” (caps. 1:4, 6:9, 7:7, 19, 22, 8:6, 9:23, 10:34, 11:16, 35, 40, 12:24).


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