terça-feira, 11 de junho de 2019

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Sua Saudação Final


Sua Saudação Final

Vs. 22-25 – Sabendo que poderia haver uma reação negativa ao que expôs na epístola, acrescenta uma palavra gentil de encorajamento: “Rogo-vos, porém, irmãos, que suporteis a palavra desta exortação; porque abreviadamente vos escrevi” (v. 22). Seu desejo aqui é que eles permitissem que o que lhes foi apresentado penetrasse profundamente em seus corações, e que respondessem apropriadamente.
Ele os lembra de que “Timóteo” tinha sido “solto” (v. 23), e que poderia ser uma ajuda para eles no entendimento da verdade que comunicou nesta epístola.
Ele os encoraja a “saudar” (cumprimentar) todos os seus “chefes”. Isso promove a paz entre os irmãos. Ele termina com: “A graça seja com todos vós. Amém!” (vs. 24-25).

Sua Doxologia


Sua Doxologia

Vs. 20-21 – Para terminar, o escritor invoca a Deus para ajudar os crentes hebreus a alcançar a maturidade espiritual. Ele diz: “Ora, o Deus de paz, que pelo sangue do concerto eterno tornou a trazer dos mortos a nosso Senhor Jesus Cristo, grande Pastor das ovelhas, vos aperfeiçoe em toda a boa obra, para fazerdes a Sua vontade, operando em vós o que perante Ele é agradável por Cristo Jesus, ao Qual seja glória para todo o sempre. Amém!” Seu desejo era que o grande poder de Deus, que havia sido demonstrado na ressurreição do Senhor Jesus dentre os mortos, operasse em seu crescimento espiritual. (“Perfeito” significa crescimento pleno.) E isso, ele deseja, seria manifestado em sua execução da “vontade” de Deus, naquilo que “perante Ele é agradável”. O contexto da epístola sugere fortemente que ele está se referindo a sua separação completa do judaísmo sob o velho concerto, e um entendimento do que haviam adquirido por meio do “concerto eterno”.

Coisas que Caracterizam o Novo Local de Reunião do Cristão


Coisas que Caracterizam o Novo Local de Reunião do Cristão

Resumindo as exortações anteriores sobre o novo centro de reunião no Cristianismo, o escritor tocou em várias coisas que caracterizam esse terreno. 
  • É um terreno no qual o Senhor Jesus Cristo é o Centro de reunião – “a Ele” (v. 13a).
  • É um terreno que é “fora do arraial”, livre de princípios e práticas judaicas (v. 13b).
  • É um terreno que traz o “vitupério” de Cristo (v. 13c).
  • É um terreno que não tem sedes terrestres – nenhuma “cidade permanente” (v. 14).
  • É um terreno onde os Cristãos têm liberdade para adorar “em espírito e em verdade” (Jo 4:24) com “o fruto dos nossos lábios”, sem a ajuda externa de instrumentos de orquestras e corais etc., que caracterizam a religião terrena.
  • É um terreno no qual o amor é visto em ação, onde os crentes se comunicam uns com os outros a partir de seus recursos materiais (v. 16).
  • É um terreno onde o cuidado pastoral é exercido, sem nomeação oficial para esse trabalho ou treinamento prévio nas escolas dos homens (v. 17).
  • É um terreno onde a oração é um hábito (vs. 18-19).


Exortações Sobre a Vida de Assembleia do Crente


Exortações Sobre a Vida de Assembleia do Crente

Vs. 7-25 – Como mencionado, o segundo grupo de exortações diz respeito aos seus privilégios e responsabilidades coletivas.

LEMBRAR-SE DOS LÍDERES CRISTÃOS QUE NOS ANTECEDERAM (vs. 7-8)

Ao se afastarem do judaísmo, os crentes hebreus poderiam pensar que o escritor estava pedindo a eles que dessem as costas à sua longa herança naquela religião. Mas ele não diz isso. Abraão, Moisés, Davi, etc., ainda precisavam ser valorizados por sua fidelidade, como indica o capítulo 11. O que eles precisavam ver era que agora também tinham uma herança Cristã de líderes valiosos, dos quais se lembravam.
Essa companhia de crentes hebreus tinha líderes que lhes haviam ensinado a Palavra de Deus, que deveriam valorizar e buscar ajuda espiritual e encorajamento neles. Por isso, o escritor diz: “Lembrai-vos dos vossos guias [líderes – JND], os quais vos pregaram a Palavra de Deus; e, considerando atentamente o fim da sua vida [sua maneira de viver – ARC], imitai a fé que tiveram” (ARA). “Jesus Cristo é o mesmo ontem, e hoje, e eternamente. O fato de dizer: “os quais vos pregaram ... (no tempo passado) indica que esses “líderes” Cristãos tinham ido para o Senhor e não estavam mais na Terra. J. N. Darby disse: “Ao exortá-los (v. 7) a lembrar daqueles que guiaram o rebanho, ele fala daqueles que já partiram em contraste com aqueles que ainda vivem (v. 17)” (Synopsis of the Books of the Bible, em Hebreus 13:7; veja também Collected Writings, vol. 27, pág. 321, 413). Embora tivessem ido para estar com o Senhor, a fé deles havia deixado um legado de caráter e coragem Cristãos para aqueles que, nas futuras gerações, os “imitassem”. Estêvão (At 7) e Tiago (At 12) seriam exemplos desses, talvez Judas Barsabás e Silas fossem outros (At 15:22). Estes eram “varões distintos entre os irmãos”. Alguns desses líderes podem ter estado na supervisão de uma assembleia local, mas W. Kelly aponta que essa não é a força da palavra usada aqui. O sentido é o de líderes de um modo geral (The Epistle to the Hebrews, pág. 261).
Nota: ele diz: “imitai a que tiveram”. Não diz que deveriam imitar seus maneirismos, ou suas características, ou a maneira como falavam publicamente no ministério. Fazer isso é tornar-se um clone desses queridos servos de Deus, o que não é a vontade de Deus. Assim como uma estrela difere de outra estrela em glória (1 Co 15:41), Deus quer que todos nós brilhemos em nosso próprio caminho individual. Era a “fé” deles que deveriam imitar (1 Co 11:1; Ef 5:1). Esses líderes que já tinham partido eram um testemunho do fato de que caminhar por fé no caminho Cristão pode ser feito vitoriosamente.
A “maneira de viver” deles [essência de suas vivas – JND] era “Jesus Cristo”. Cristo era o objetivo em tudo que aqueles homens haviam buscado na vida. É a razão pela qual seguiram em linha reta. Esses crentes hebreus deviam considerar isso e seguir seu exemplo, fazendo de Cristo o Objeto e o Centro de suas vidas. O escritor acrescenta que “Jesus Cristo é o mesmo ontem, e hoje, e eternamente”. Isto é, os tempos podem mudar e aqueles que serviram a sua geração pela vontade de Deus “dormiram” (At 13:36), mas Cristo está sempre presente para cada nova geração, pois Ele nunca muda.

GUARDAR-SE DAS DOUTRINAS ESTRANHAS QUE MISTURAM O JUDAÍSMO COM O CRISTIANISMO (vs. 9-10)

A próxima exortação adverte contra o perigo de sermos levados “por doutrinas várias e estranhas” que misturariam o judaísmo com o Cristianismo. Todo esse ensino judaizante se opõe aos princípios da graça Cristã e não tem lugar na administração atual. Tais ensinamentos geralmente se concentram em tentar produzir um padrão mais elevado de santidade nos crentes por meio do legalismo, o que não funciona. Por isso, o escritor diz: “porque bom é que o coração se fortifique com graça e não com manjares (alimentos sólidos), que de nada aproveitaram aos que a eles se entregaram”. Ele usa “alimentos sólidos” aqui como uma figura para as ordenanças externas da religião terrena (Hb 9:10). Seu ponto de vista é direto e claro: os Cristãos que adotaram princípios judaicos não se beneficiaram deles espiritualmente.
Ele prossegue dizendo: “Temos um altar de que não têm direito de comer os que servem ao tabernáculo”. Esse “altar” não é o altar de bronze, nem é o altar de ouro na velha administração, mas o que é simbólico do “novo e vivo caminho” de aproximação a Deus no verdadeiro Cristianismo (Hb 10:19-22). “Comer” neste altar simboliza a participação na adoração espiritual oferecida no Cristianismo (1 Co 10:18). Este versículo 10 nos ensina que aqueles que querem se apegar ao judaísmo não devem ser permitidos de participar do verdadeiro modo Cristão de se aproximar de Deus. Fazer isso seria misturar as duas ordens, algo que Deus não quer.
Como mencionado na Introdução deste livro, a Cristandade está permeada de princípios e práticas judaicas. É verdadeiramente uma mistura de judaísmo e Cristianismo. Visto que é assim, àqueles que desejam frequentar e participar dos chamados “cultos de adoração” nas igrejas da Cristandade, e ao mesmo tempo, estar em comunhão na mesa do Senhor, onde os Cristãos buscam adorar de acordo com o novo e vivo caminho, deve ser dito que não “têm o direito” de comer lá. Por conseguinte, não devem ser permitidos de assim o fazer. A razão é simples: Deus não quer uma mistura das duas coisas.

SAIR PARA O NOVO LUGAR DE REUNIÃO FORA DO ARRAIAL (vs. 11-14)

Nestes versículos, o escritor menciona um ritual relevante relacionado com a oferta pelo pecado que teve seu cumprimento na morte de Cristo – “os corpos dos animais”, que foram oferecidos, foram consumidos com fogo em um lugar “fora do arraial” (Lv 4:12). Como cumprimento disso, o Senhor Jesus “padeceu fora da porta” de Jerusalém (Jo 19:20). Ele foi expulso do sistema do judaísmo por seus líderes perversos e lá morreu como um criminoso. Mas ao ser expulso desse sistema, Deus fez de Cristo o novo centro de reunião para aqueles que O recebem como seu Salvador. O efeito da morte de Cristo fora do judaísmo era “santificar o povo com o Seu próprio sangue” num sentido relativo ou externo (cap. 10.29). Isto é, estabeleceu um novo terreno sobre o qual os crentes devem se reunir em separação do judaísmo.
Assim sendo, o escritor exorta: Saiamos, pois, a Ele fora do arraial, levando o Seu vitupério.” Tem sido frequentemente perguntado: “O que exatamente é ‘o arraial’?” É uma expressão que caracteriza o judaísmo e seus princípios e práticas a ele relacionados. Assim, o versículo 13 é um chamado formal a todos os crentes naquele sistema judaico para cortar suas conexões com ele indo ao Senhor Jesus que está fora desse sistema. Ele é o novo Lugar de Reunião – o Centro de reunião dos Cristãos (Mt 18:20). Esta não é uma localização geográfica como no judaísmo (ou seja, o templo em Jerusalém), mas sim, um terreno espiritual de princípios sobre os quais Deus deseja que os Cristãos se reúnam para adoração e ministério.
Visto que a profissão Cristã se tornou permeada de princípios e práticas judaicas e existe em quase toda parte uma mistura dos dois sistemas, esse chamado para ir a Cristo “fora do arraial” tem uma aplicação muito prática para nós na Cristandade. O princípio é simples: os crentes são chamados a se separar do judaísmo – independentemente de onde possa ser encontrado, ou de que forma possa estar. Poderia ser no judaísmo formal (uma sinagoga) ou em locais de adoração de aparência judaico-Cristã (as igrejas da Cristandade). Esse chamado para separar do judaísmo levou os Cristãos exercitados a dissociar-se das igrejas na Cristandade, onde essa mistura existe, e se reunirem simplesmente ao nome do Senhor Jesus (Mt 18:20). (Compare com 2 Tm 2:19-21).
Alguns Cristãos que são defensores da mistura judaico-Cristã nos sistemas da igreja dirão que “o arraial” se refere estritamente ao judaísmo formal, e nada mais. Qualquer extração disso, em suas mentes, não é considerada o arraial. No entanto, se este raciocínio estivesse correto, então os crentes judeus, que foram chamados a se separarem do arraial, não precisam realmente se separar da sinagoga, porque mesmo a seita mais estrita do judaísmo hoje é apenas uma derivação do verdadeiro judaísmo bíblico que Deus deu por meio de Moisés. Mesmo quando o Senhor estava aqui na Terra, o judaísmo havia se tornado descontroladamente distorcido pelas interpretações e tradições dos anciãos. Hoje é simplesmente muito mais distorcido. Este argumento, portanto, é certamente falso, e só é insistido para evitar que uma aplicação prática seja feita aos frequentadores de igrejas. É verdade que muitas das coisas judaicas nessas igrejas foram alteradas um pouco para se adequar a um contexto Cristão, mas esses locais de adoração ainda têm, em princípio, os ornamentos do judaísmo. De fato, se fôssemos pedir-lhes a base na Escritura para muitas de suas práticas religiosas, apontariam livremente para o judaísmo do Velho Testamento como seu modelo. Grande parte da atual ordem judaico-Cristã existe há tanto tempo no Cristianismo que se tornou aceita pelas massas como o ideal de Deus. O que aconteceu em grande medida é que a Cristandade se uniu ao “arraial” da religião terrena, que é a própria coisa de onde o versículo 13 chama os crentes para sair.
O escritor acrescenta que, como o Senhor saiu do arraial para levar nosso juízo como a oferta suprema de pecados, devemos agora ir para fora do arraial para Ele e, ao fazê-lo, levaremos Seu “vitupério” (reprovação). Assim há reprovação ao se reunir ao redor do Senhor fora do arraial porque esse novo terreno de reunião é algo rejeitado. Portanto, devemos estar preparados para suportar o sofrimento em relação a isso. A reprovação que esses crentes hebreus sentiam vinha principalmente dos que estavam no arraial. E os crentes que se separarem dos princípios judaicos nas igrejas da Cristandade também descobrirão que a censura virá principalmente daqueles que, nos sistemas da igreja, não se separarão dessa mistura. O apóstolo João chamou as pessoas que tomam este terreno de aparência judaico-Cristã: os “que se dizem judeus e não o são, mas mentem” (Ap 2:9, 3:9).
O escritor acrescenta que “aqui” na Terra “não temos (nós Cristãos) cidade permanente”, como os judeus tinham em Jerusalém (v. 14). Em vez disso, ele diz: “mas buscamos a futura (uma cidade celestial). Assim, não há sedes terrenas no Cristianismo. Assim, o novo lugar Cristão de adoração é: 
  • Dentro do véu quanto aos nossos privilégios espirituais (Hb 10:19-20).
  • Fora do arraial quanto à nossa posição eclesiástica (Hb 13:13). 

EXERCITAR NOSSOS PRIVILÉGIOS SACERDOTAIS (v. 15)

Tendo ensinado que todos os Cristãos são sacerdotes com liberdades que excedem qualquer coisa que os sacerdotes aarônicos tinham no judaísmo (Hb 10:19-22), o escritor agora nos exorta a exercer nossos privilégios sacerdotais em louvor e oração. Ele diz: “Portanto, ofereçamos sempre, por Ele, a Deus sacrifício de louvor, isto é, o fruto dos lábios que confessam o Seu nome”. Este é um sacrifício espiritual que os Cristãos podem oferecer na imediata presença de Deus. É feito “por Ele” (veja também 1 Pe 2:5), que é uma alusão a Cristo como nosso Grande Sacerdote apresentando nossa adoração a Deus com perfeição (Hb 10:21). Nota: não há menção de que este louvor seja oferecido com a ajuda externa de instrumentos de orquestras e corais, etc., porque a verdadeira adoração Cristã é em “espírito e em verdade” (Jo 4:24). É algo espiritual produzido no coração dos crentes pelo Espírito Santo (Fp 3:3). A verdadeira adoração Cristã se manifestará no “fruto dos nossos lábios” e será feito “confessando o Seu nome”, porque não devemos ter outro nome senão o do Senhor Jesus (Mt 18:20).

USAR NOSSOS RECURSOS MATERIAIS PARA APOIAR O TESTEMUNHO CRISTÃO (v. 16)

O escritor fala então de outro tipo de sacrifício Cristão – comunicando nossas posses materiais de maneira monetária. Ele diz: “E não vos esqueçais da beneficência e comunicação [das vossas possessões materiais – JND], porque, com tais sacrifícios, Deus Se agrada”. Assim, nossos recursos materiais, se usados para promover o testemunho Cristão, são vistos como um sacrifício pelo Seu nome. Esse tipo de sacrifício pode ser feito em um nível individual (Gl 6:6) ou em um nível coletivo, a partir de uma assembleia (Fp 4:14-16). Os p©rincípios de tal oferta são expostos em 2 Coríntios 8-9. O fato de que ele diz “não vos esqueçais” mostra que pode ser negligenciado.

OBEDECER E SE SUBMETER AOS LÍDERES (v. 17)

Ele dá mais uma palavra aqui sobre seus “líderes [guias]. Eles estavam vivos e fazendo seu trabalho entre os santos na época em que a epístola foi escrita, ao contrário daqueles no versículo 7, que haviam morrido e estavam com o Senhor.
Ele diz: “Obedecei a vossos pastores [líderes – JND] e sujeitai-vos a eles; porque velam por vossa alma, como aqueles que hão de dar conta delas; para que o façam com alegria e não gemendo, porque isso não vos seria útil”. A TB traduz “pastores” como “aos que vos governam. Ver também 1 Tessalonicenses 5:12 e 1 Timóteo 5:17 Esta é uma tradução infeliz, e poderia transmitir o pensamento de que existe algum tipo de hierarquia oficial na Igreja que governa os santos – ou seja, o clero, que é um ofício não bíblico, um ofício inventado pelo homem.
Esses “guias” (AIBB) foram levantados pelo Espírito Santo para cuidar do rebanho (At 20:28). Eles “vigiam” os santos como cuidadores. Eles têm experiência com Deus, tendo andado no caminho por algum tempo, e assim podem ser uma ajuda para os santos em assuntos espirituais. Isso mostra que as ovelhas que saíram do arraial para Cristo não serão deixadas sem cuidado pastoral. Sem o confinamento daquele sistema legal, haverá o perigo de inimigos, ovelhas se desviando, etc., mas esses guias guardarão e instruirão o rebanho nesses assuntos práticos. Às vezes, podemos nos ressentir de sua interação conosco e vê-la como intrometida em nossas vidas pessoais, mas se formos submissos e tentarmos seguir o conselho espiritual que nos dão, seremos ajudados no caminho. Eles hão de dar “conta” ao Senhor sobre como se importaram com o rebanho. Seu desejo é fazê-lo “com alegria e não com tristeza [gemendo]”.

ORAR PELOS SERVOS DO SENHOR (vs. 18-19)

Deve-se notar que o escritor toca nas três esferas de privilégio e responsabilidade na casa de Deus. Os versículos 15-16 dizem respeito ao exercício do sacerdócio; o versículo 17 tem a ver com o ofício de supervisão, e agora nos versículos 18-19 temos a esfera do dom. Como servos no exercício de seus dons espirituais, ele diz: “Orai por nós, porque confiamos que temos boa consciência, como aqueles que em tudo querem portar-se honestamente”.
O fato de o escritor pedir a esses crentes hebreus que orem por eles (“orai por nós”), mas não identificou quem são, pode parecer um pouco incomum. A pergunta natural seria: “Orar por quem?” Mas assume que eles sabiam quem eram – o que a maioria, se não todos, expositores acreditam que era Paulo. Mais especificamente, seu pedido de oração por sua libertação da prisão para que pudesse ser “restaurado” a eles e assim continuar seu ministério público entre os santos, certamente aponta para o apóstolo Paulo (v. 19).

Exortações Sobre a Vida Pessoal do Crente


Exortações Sobre a Vida Pessoal do Crente

Caps. 12:28-13:6 – As exortações e encorajamentos nesta série de versículos abordam o estilo de vida apropriado que deve caracterizar os irmãos santos com um chamado celestial (Hb 3:1).

GRATIDÃO (vs. 28-29)

Ele diz: “Por isso tendo recebido um reino que não se pode mover, tenhamos graça (sejamos agradecidos), pela qual prestemos serviços mui agradáveis [aceitáveis – JND] a Deus com reverência e temor; porque o nosso Deus é um fogo consumidor” (TB). Assim, tendo algo muito melhor no novo e vivo caminho de aproximação a Deus no Cristianismo (Hb 10:19-22), o escritor os faria perceber este fato e ter “graça” (ser agradecido) por isso, e responder servindo a Ele em meios “aceitáveis” nesta posição muito favorecida na qual foram colocados. Voltar ao judaísmo não seria estar servindo a Deus aceitavelmente. Para todos aqueles que estavam considerando a ideia, ele diz: “Nosso Deus é um fogo consumidor”, que julga tudo o que é contrário a Ele.

AMOR FRATERNAL (v. 1)

Ele então diz: “Permaneça a caridade [o amor] fraternal”. Eles haviam começado bem em seus primeiros dias como Cristãos e viviam em uma atmosfera de amor (At 2:44-47); agora precisavam continuar nesse amor. Assim, diz, “permaneça” porque nascendo de Deus, os Cristãos têm uma nova vida e natureza que ama naturalmente (1 Jo 5:1). Tudo o que precisamos fazer é permanecer ou permitir que a natureza divina em nós faça o que faz naturalmente – que é amar (1 Jo 4:19). Essa exortação é necessária porque podemos colocar barreiras no caminho de nossa natureza divina, ao permitir que sentimentos carnais de antipatia por alguns de nossos irmãos impeçam o fluxo de nosso amor.

HOSPITALIDADE (v. 2)

Um modo de o amor se expressar é em “hospitalidade”. Nosso lar deve ser aberto a nossos irmãos para promover a comunhão Cristã. Os “estranhos” (TB) mencionados nas versões King James e Tradução Brasileira são irmãos no Senhor de diferentes áreas que estavam viajando por aquela região. Estes irmãos podem ter fugido da perseguição e foram duramente pressionados e precisavam de comida e abrigo. Gaio foi elogiado por João por fazer isso, e especialmente por aqueles que estavam servindo ao Senhor (3 Jo 5-7). A comunhão Cristã em nossos lares é uma maneira importante de promover a saúde da assembleia localmente. Ele acrescenta que alguns “não o sabendo, hospedaram anjos”. Isso pode ser uma referência a Abraão e Sara. Abraão estava certamente ciente de que os homens que o visitavam eram anjos e um deles era o próprio Senhor. Mas Sara não parecia entender isso, e quando o ouviu dizer que eles iriam ter um filho na velhice, riu em dúvida (Gn 18).

COMPAIXÃO (v. 3)

Ele então diz: “Lembrai-vos dos presos, como se estivésseis presos com eles”. Essa é outra maneira pela qual o amor pode se expressar – mostrando compaixão àqueles que foram aprisionados por sua fé e “maltratados”. Lembrar-se deles não é meramente pensar neles e orar por eles, mas ativamente estender a mão para eles, visitando-os, se possível. Isto é o que Onesíforo fez no caso de Paulo, e Paulo disse que “muitas vezes me recreou” (2 Tm 1:16-18). Esses estão privados de comunhão e realmente apreciam isso.
Ele acrescenta: “como sendo-o vós mesmos também no corpo”. Isto não é uma referência à nossa conexão uns com os outros no corpo (místico) de Cristo, como mencionado em 1 Coríntios 12:26. (O corpo de Cristo não está em vista em Hebreus). É, antes, a conexão que temos uns com os outros por estarmos em nossos corpos físicos. Podemos ter empatia com o sofrimento deles, porque também estamos no corpo e, assim, sabemos o que é sofrer fisicamente. Esses crentes hebreus poderiam muito bem acabar sendo aprisionados por sua fé e estarem na mesma situação, de modo que, enquanto ainda estivessem livres, eram para mostrar sua compaixão àqueles que estavam ligados dessa maneira.

PUREZA MORAL (v. 4)

O casamento deve ser mantido em respeito e mantido em pureza. A violação do vínculo matrimonial por meio do adultério será visitada pelo julgamento governamental de Deus porque “aos que se dão à prostituição e aos adúlteros Deus os julgará”.

CONTENTAMENTO (v. 5)

“Sejam vossos costumes sem avareza, contentando-vos com o que tendes [satisfeitos com vossas circunstâncias atuais – JND]; porque Ele disse: Não te deixarei, nem te desampararei”. Esta exortação trata da necessidade de cultivar contentamento nas circunstâncias presentes da vida em que Deus nos colocou (Fp 4:11; 1 Tm 6:8). Temos necessidades temporais, mas elas não devem ser satisfeitas por atos ambiciosos. “O amor ao dinheiro” tem sido a ruína de muitos (1 Tm 6:9-10). Os Cristãos devem trabalhar com as mãos, e o Senhor prometeu suprir todas as necessidades deles (1 Ts 4:11; Fp 4:19). Nota: Ele fornece o que precisamos, não necessariamente o que queremos.

CORAGEM (v. 6)

Finalmente, ele diz: “E, assim, com confiança [tomando coragem – JND], ousemos dizer: O Senhor é o meu ajudador, e não temerei o que me possa fazer o homem”. Esta é uma citação do Salmo 118:6. Com o Senhor ao seu lado, não deveriam temer a perseguição relacionada com a posição Cristã. A última parte do versículo 6 é realmente uma pergunta e poderia ser lida: “O Senhor é quem me ajuda, não temerei; Que me fará o homem?” É assim que o Salmo 118:6 o apresenta.

EXORTAÇÕES DE ENCERRAMENTO Capítulos 12:28-13:25


EXORTAÇÕES DE ENCERRAMENTO
Capítulos 12:28-13:25

As exortações práticas sob formas de verbos imperativos (“retenhamos ... sirvamos” etc.) recomeçam no capítulo 12:28. Esta parte final da epístola tem dois grupos de exortações: as que pertencem à vida pessoal do crente e as que pertencem à vida de assembleia do crente.